Desejo cruel: a história da menina ‘psicopata’ que assustou o mundo ao expor o desejo de assassinar os pais

Beth Thomas tinha apenas 6 anos de idade quando revelou a vontade de assassinar membros de sua família.

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A história de Beth Thomas foi amplamente comentada na década de 80. A menina protagonizou um documentário chamado A Ira de um Anjo, e confessou abertamente o desejo de assassinar os próprios pais. Beth cresceu em um lar desestruturado após a morte de sua mãe. A menina passou a ser criada pelo pai e foi  abusada por ele.

Quando o crime foi descoberto, o homem perdeu a guarda dos filhos. Beth Thomas e seu irmão mais novo, Jonathan, foram enviados para um abrigo, e adotados no ano de 1984 pelo casal cristão Tim e Nancy Thomas, que sonhavam ter filhos. Após a adoção das crianças, o casal passou a notar um comportamento estranho por parte de Beth.

A menina era violenta e não aceitava nenhuma manifestação de carinho. Beth piorou com o passar dos anos, e chegou a tentar asfixiar o irmão com a ajuda de um travesseiro. A menina esfaqueou um cão de estimação da família, matou inúmeras aves e feriu uma criança na escola com o auxílio de um caco de vidro.

No ano de 1989, a família levou Beth a uma clínica psiquiátrica, onde a menina foi diagnosticada com Transtorno de Apego Reativo, uma síndrome que bloqueia a capacidade do indivíduo criar laços afetivos com pessoas próximas. A menina foi submetida à sessão de terapia para que seu quadro psicológico pudesse ser amenizado.

Durante as sessões, Beth ficou internada e revelou a equipe médica que possuía um grande desejo de assassinar os pais. A menina, inclusive, guardaria facas de cozinha para efetuar seu desejo tão logo tivesse a oportunidade. Os médicos afirmaram que Beth não apresentava remorso.

Após décadas de tratamento, Beth Thomas apresentou uma melhora significativa. Atualmente, trabalha como enfermeira e ajuda crianças que passaram por abusos físicos ou psicológicos. De acordo com o terapeuta José Luis Cano, uma cura para a patologia de Beth seria impossível. O profissional acredita que a menina apenas aprendeu a controlar seus instintos psicopatas.