Mãe dá à luz com apenas 22 semanas de gravidez e recém-nascido sobrevive em caso raro: ‘milagre de Deus’

A criança nasceu prematura com apenas 22 semanas de gravidez e pesando 438 gramas.

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A maternidade é um grande sonho para muitas mulheres, porém é uma árdua jornada que pode ser cheia de surpresas. Andressa Rodrigues Daboit, de 30 anos, pôde conhecer a felicidade e a dor da maternidade logo no nascimento das filhas. A jovem e o marido, Rafael, estavam aguardando a chegada das filhas gêmeas Betina e Marina.

Foi quando escutaram dos médicos que havia a possibilidade do colo uterino da gestante não suportar o peso das duas crianças por tempo suficiente. Apesar de todos os obstáculos, as meninas nasceram no mês de fevereiro, com apenas 22 semanas de gravidez. Muito prematuras, a pequena Betina não resistiu, mas Marina conseguiu sobreviver mesmo tendo nascido com 483 gramas.

“Foi um parto normal, lindo, humanizado, mas muito triste devido a antecipação. Elas só tinham praticamente a metade da formação de um bebê”, desabafou a mãe. Andressa sofreu com insuficiência istmo cervical. O problema provoca a abertura do útero durante o período gestacional e acaba forçando o parto antes da hora.

A gestação não estava nem na metade e o risco para as meninas era muito grande. Como o caso é considerado muito raro, a mãe das gêmeas e o marido já estavam se preparando para o pior dos quadros. A mãe contou que ficou muito triste com a partida de Betina e imaginou que Marina também a deixaria. No entanto, a pequena conseguiu se recuperar e fez história, sendo considerada o menor recém-nascido que o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, já abrigou.

“Com o passar dos dias, tive o entendimento de que Marina veio para ficar e que ela seria a minha maior vivência do milagre de Deus”, ressaltou a mãe da pequena. Marina precisou ficar internada por cinco meses para poder ganhar peso e fortalecer a saúde até ganhar alta, agora com mais de 3360 gramas.

Infelizmente, por causa da pandemia do novo coronavírus, os familiares ainda não puderam conhecer Marina. Enquanto isso, ela vai aproveitando a companhia dos pais, que afirmam ter aprendido a valorizar ainda mais a vida.