O leite condensado é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e tem sido muito buscado no Google também. Tudo porque os gastos do governo federal em 2020 mostraram que R$ 15,6 milhões foram utilizados para comprar o ingrediente que o presidente gosta.
Jair Bolsonaro curte pão com leite condensado e há fotos na internet dele comendo a guloseima. Os R$ 15 milhões gastos para comprar o ingrediente envolvem todo o governo federal. Cerca de R$ 14 milhões foram usados pelo Ministério da Defesa, responsável pela alimentação dos mais de 300 mil homens e mulheres que servem nas Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha).
Quem criou o leite condensado?
No século 19, o leite era vendido na rua. Com o crescimento populacional das cidades, mais leite passou a ser vendido. O problema é que este produto é perecível. Antes de chegar a todos, ele estragava e causava prejuízo aos produtores e deixava parte da população sem o alimento.
Em 1986, o norte-americano Gail Borden teve uma grande ideia. Ele evaporou parte água do leite e acrescentou açucar. Isso fazia o leite durar mais e fez ele inventar o que hoje chamamos de leite condensado. Durante a Guerra Civil Americana (1861-1865) o leite condensado tornou-se popular.
Como é bem calórico, ele mantinha os soldados alimentados. Tempos depois, o leite condensado chegou à Europa levado pelos irmãos George e Charles Pagé e pela Nestlé. A empresa popularizou o produto no mundo. Em 1890, o leite condensado chegou ao Brasil. A embalagem trazia uma jovem camponesa e foi chamado de Leite Moça.
Leite condensado no Brasil
O produto tornou-se popular no Brasil em 1945. Nesse ano, o brigadeiro da Aeronática Eduardo Gomes concorreu à presidência da República. Para ajudá-lo financeiramente na campanha, eleitoras misturaram chocolate ao produto. Nascia aí o tradicional brigadeiro, uma marca registrada brasileira. Eduardo Gomes perdeu a eleição. O leite condensado ganhou o Brasil e hoje é difícil encontrar uma receita doce que não use o ingrediente.