A consciência da importância da preservação ambiental, não só no meio silvestre, mas também em meio urbano, tem se tornado cada vez mais forte na sociedade. Felizmente, cada vez mais pessoas se encorajam a defender a fauna e a flora em diferentes situações, evitando injustiças ou lutando para que haja justiça em determinados contextos.
Na cidade de Talcahuano, no Chile, a prefeitura decidiu começar uma obra de urbanização, ampliando o tamanho de algumas ruas. O local da obra escolhido foi justamente o bairro em que vive Margarita Castro, uma idosa de 90 anos e que sabe muito bem que não se deve destruir uma vida, mesmo que a vida seja de uma árvore com seis décadas.
Margarita ouviu o barulho das obras, saiu de casa com sua filha e foi até o local quando viu que trabalhadores da prefeitura estavam prestes a cortar uma árvore conhecida como sombreiro, e que está em extinção.
Ao saber que a árvore seria cortada, Margarita se opôs e disse que não sairia do local enquanto não desistissem de destruir o sombreiro. Logo, vizinhos começaram a ver a movimentação e foram para o local entender o motivo. Fotos e vídeos começaram a ser feitos e divulgados pelas redes sociais.
O caso acabou ganhando repercussão não só na cidade, mas em todo o país, ocupando espaço em sites e programas de TV. De anônimos a nomes conhecidos no país, Margarita começou a ganhar apoio ao defender a árvore.
“Não é correto cortar uma árvore que tem 60 anos nesse lugar”, argumentava a idosa quando os funcionários da prefeitura tentavam explicar para ela como seria, e que mudas de novas árvores seriam plantadas no local ao final das obras.
Graças a repercussão do caso, o corte da árvore foi cancelado e o prefeito Talcahuano, Henry Campos, declarou que a árvore seria retirada com a raiz para ser plantada em outro local, além de no final das obras, conforme prometido, novas árvores serem plantadas no bairro de dona Margarita. Tudo graças a atitude de uma senhora que não ficou parada ao ver que uma árvore em extinção seria destruída na sua frente.