Cada vez mais se torna explicito o quanto uma mulher tem forças para seguir adiante em meio as adversidades, principalmente quando precisam dar uma qualidade de vida melhor a um ou mais filhos.
Com o empoderamento feminino em alta, Amélia Ruiz Villaverde é um exemplo de perseverança. A mulher sempre sonhou em ser professora, mas acabou ficando grávida e decidiu levar a gravidez adiante, mesmo sem o apoio do pai da criança.
O bebê nasceu e Amélia não abriu mão de seguir seu sonho: ela começou a vender chipa nas ruas, um pão típico paraguaio feito com mandioca e queijo. Também vendia sopas. Amélia estudava das 7h às 16h e depois saia para trabalhar nas ruas.
Com a chegada da pandemia, ela teve um pequeno contratempo: não tem computador e precisou se dedicar o dobro para não perder nenhuma aula online pelo celular. Com o dinheiro da venda diária dos pães e sopas, Amélia pagou sua faculdade de pedagogia e recentemente anunciou que está formada.
Agora ela pode finalmente começar a trabalhar na área de educação. Seu bebê está com onze meses e ela é muito grata a sua persuasão e apoio familiar para seguir em frente. De acordo com a pedagoga, não é fácil estudar, trabalhar e ser mãe de um bebê ao mesmo tempo, mas ela conseguiu se organizar e contar com a ajuda de familiares, que cuidavam da criança enquanto ela estava trabalhando.
Apesar da conquista, Amélia não se esquece do quanto foi difícil essa jornada rumo ao seu sonho: “Hoje posso dizer com orgulho: ‘Consegui!’ Apesar daqueles dias em que passei angústia, frio, chorando. Havia dias em que pensava, enquanto vendia chipa: ‘Será que eu aguento tudo isso?’, E aqui estamos cumprindo um dos meus primeiros objetivos. Se você se dedicar, nada é impossível. Depende apenas de você”, declarou a formanda.