Esta história parece mais uma obra de Manoel Carlos ou um dramalhão mexicano exibido em versão super editada no fim de tarde do SBT. A diferença é a história ser real e ter um desfecho feliz.
Tracey Smith descobriu muito cedo que jamais poderia gerar o próprio filho, pois foi diagnosticada com uma condição rara chamada de síndrome de Mayer Rokitansky Küster Hauser, que consiste em uma mulher não desenvolver o útero, impossibilitando uma gestação.
Aos 31 anos e casada com um homem de 40 que também desejava ter um filho, os dois decidiram que iriam gerar uma criança em uma barriga de aluguel. Apesar de não ter um útero, Tracey tinha ovários e podia ter seu DNA em um filho, mesmo que este não fosse gerado por ela.
O casal só precisava encontrar uma mulher disposta a “emprestar” seu útero por nove meses para gerar o bebê deles e o entregar após o nascimento. Para a surpresa dos dois, Emma Miles, mãe de Tracey, sugeriu que ela carregasse a própria neta em seu ventre para realizar o sonho da filha em também se tornar mãe.
Emma passou por uma série de exames para saber se ela não teria nenhum problema ao ficar grávida, pois já tinha 55 anos de idade. Emma, aliás, estava na menopausa, mas como a fertilização era in vitro, isso não impediu que ela iniciasse uma gestação.
A mulher levou a gestação adiante e a neta, Evie Smith, nasceu muito saudável. A criança foi entregue ao casal, com a vantagem de que Emma pudesse vê-la crescer e tivesse contato constante, já que além de alguma forma ser mãe por gerar, ainda que seja os óvulos da filha, ela também é a avó materna.
O casal ficou muito feliz pela gentileza de Emma em realizar o sonho de terem um bebê. Mãe, filha e genro se tornaram ainda mais unidos para cuidar de Evie.