Sex shop dedicado a evangélicos faz sucesso e sofre com preconceito: ‘crente do rabo quente’

Dona de estabelecimento voltado para um público mais reservado coleciona histórias de bastidores de vendas.

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Um sex shop está fazendo sucesso entre um público muito especial: os evangélicos. Em uma notícia publicada no site G1 neste dia 1º de novembro, foram revelados detalhes de como é o local e a rotina de vendas de produtos para os clientes mais reservados do mercado de cosméticos, fantasias e brinquedos adultos. A dona, que conta como ela faz para garantir a venda sem constranger os clientes e diz que sofre com preconceito por pessoas que não entendem como funciona seu negócio.

Na notícia, a empresária Carolina Marques, de 26 anos relata os motivos que a levaram a fundar um sex shop para o público que segue a religião evangélica. Na época, ela já tinha um filho de outro relacionamento. Com um novo amor, casou-se e decidiu se converter para a Assembleia de Deus. A relação era tão séria que a moça esperou o casamento para concretizar os laços matrimoniais e ter relações com o atual marido. A vontade de não deixar ser pega pela monotonia na cama a fez pensar em como proporcionar a mesma experiência para outras mulheres como ela.

Dona de sex shop conta intimidades sobre área de negócios para evangélicos

No sex shop  Carolina aposta na quebra do tabu, mas respeita a escolha das clientes de não evidenciarem sua escolha pela compra de produtos adultos explicitamente. Para ela, a busca por produtos desse nicho não pode ser vista como algo “sujo” ou errado. Contudo, ela revela que precisa adequar o seu trabalho.

“Não tem como vender produtos chamados ppk louca ou vai fundo. Isso assusta”, disse Carolina. 

Já Andrea dos Anjos, de 43 anos, diz que frequenta igrejas evangélicas e divulga sua marca entre esse público. Ela prefere oferecer consultoria informalmente, deixando sua clientela à vontade. A maioria das vendas ocorre pela internet. 

A lojista contou que mulheres são 95% do seu público e que a idade varia bastante. Apesar do empenho em ajudar outras evangélicas, ela sofreu com preconceito. “Me chamavam de crente do rabo quente”, desabafou a vendedora.

Evangélicos foram ouvidos pelo site G1, que preferiram não se identificar. Segundo o site, muitos afirmam que a introdução de produtos adultos fez diferença em suas vidas e relações.