A anemia falciforme foi descoberta no ano de 1946, na Bahia, por Jessé Accyoli, um estudante de medicina. A principal característica da doença é a transformação do aspecto dos glóbulos vermelhos. Em pessoas saudáveis, as hemácias possuem um aspecto arredondado. Já em pessoas acometidas pela doença as hemácias possuem um aspecto de foice ou meia-lua.
A anemia falciforme é ocasionada devido a uma alteração genética. Além disso a doença é de origem hereditária, assim, os filhos a herdam dos pais, porém, é necessário que ambos os pais possuam a mutação genética. Geralmente os pais não possuem a doença, mas possuem o gene causador.
Como já mencionado acima, a anemia falciforme causa a alteração da forma das hemácias. Essa alteração faz com que os glóbulos vermelhos encontrem mais dificuldade para transitarem nos vasos sanguíneos. Desse modo, a pessoa que possui a doença tem mais propensão em sofrer com infecções e AVC. Outro problema ocasionado pela doença é o progressivo comprometimento de vários órgãos como coração, pulmões e fígado.
Como a doença é uma alteração genética, ela se manifesta muito cedo. Normalmente os primeiros sintomas da anemia falciforme já aparecem no primeiro ano de vida. É normal que crianças que possuem a doença apresentem inflamações nas articulações e que tais regiões fiquem avermelhadas e doloridas. Outros sintomas da doença são anemia, AVC, infecções e febre.
A anemia falciforme causa uma grande mortalidade no Brasil, contudo, a doença pode ser facilmente descoberta, pois o exame para sua detecção está incluso no teste do pezinho. Medicamentos e transfusões de sangue são utilizados como tratamento da doença. Somente o transplante de medula óssea é capaz de curar a enfermidade.