Para algumas famílias, beijar o filho na boca é apenas uma forma de demonstrar carinho e o gesto acontece de forma natural no dia a dia, mas especialistas alertam que esse hábito dentro de casa não apresenta problema, mas pode acabar trazendo duras consequências quando acontece na vida pública.
Deborah Moss, neuropsicóloga mestre em psicologia do Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo explicou que a criança não tem o hábito de beijar os coleguinhas na escola e muito menos os professores, já que em público o beijo traz a conotação sexual.
Sendo assim, a criança pode se sentir confusa e até mesmo constrangida, daí a necessidade de tomar muito cuidado com essa prática fora de casa.
Outro alerta é feito em relação à saúde das crianças, já que elas são mais frágeis que o adulto. O beijo pode resultar na doença de alguma doença infecto-contagiosa, lembrando que o país e o mundo enfrenta uma grave pandemia, sendo este um motivo a mais para evitar esse tipo de contato.
Além da Covid-19, tem a herpes, influenza, vários outros vírus que trazem infecções respiratórias e a mononucleose, conhecida popularmente como doença do beijo.
Para Ana Luíza Diogo, médica pediatra do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, o melhor mesmo é não beijar as crianças na boca, porque mesmo que os pais não apresentem nenhum sintoma, podem transmitir alguma enfermidade para os filhos que ainda estão desenvolvendo o sistema de defesa.
Os profissionais lembram que há muitas outras formas das famílias demonstrarem carinho para as crianças sem ser através do beijo e os pais devem pensar sempre na segurança e bem-estar dos filhos.