No começo de dezembro do ano passado, o pequeno Gladson Garcia Silva, de oito anos, escreveu uma carta para o Papai Noel, estando internado em um leito do Hospital Albert Einstein, que fica em São Paulo.
Os pedidos do menino aconteceram na seguinte ordem: um coração novo, um boneco de super-herói, um carrinho de controle remoto e um dinossauro. Poucos dias depois, o primeiro pedido dele foi ‘atendido’ pelo bom velhinho.
Gladson, que tinha uma miocardiopatia recebeu um transplante de coração, sendo este o primeiro procedimento de transplante cardíaco infantil que foi feito na unidade hospitalar em que ele estava hospitalizado.
Esse foi o primeiro a ser realizado por um programa formado a partir de uma aliança entre seis hospitais referenciados do país em conjunto com o Ministério da Saúde. Dois meses antes de receber o coração, a mãe dele, Ana Camila da Silva, recebeu a notícia que o filho poderia falecer dentro de casa.
Segundo ela, os primeiros sintomas apresentados pelo filho se assemelhavam a uma virose, como vômitos e dor de barriga que não curavam. Os primeiros sintomas apareceram em outubro de 2021. Ela precisou fazer uma série de insistências por exames e atendimentos médicos, até que foi diagnosticada a doença que não tinha cura.
A única salvação para o filho seria o transplante, uma vez que o coração dele se desenvolve de um tamanho muito maior do que o comum para a idade dele. Essa patologia não nasceu com o filho, se desenvolvendo em algum momento de seu crescimento. Após o transplante, o menino recebeu alta no dia 10 de janeiro.