Os países do ocidente, principalmente, encaram a morte como algo ruim e as pessoas não gostam muito de falar sobre o assunto, mas na Indonésia há uma região onde a população encara tudo isso com muita naturalidade e os falecidos não ficam em um cemitério, mas literalmente fazem parte do dia a dia das famílias.
Uma reportagem no Yahoo contou como essas pessoas encaram a morte de uma forma totalmente diferente e os corpos dos entes queridos ficam dentro de caixas de madeira, em algum cômodo pela casa, como se estivem descansando.
Esses falecidos podem até receber visitas de parentes, amigos, vizinhos, inclusive as crianças podem entrar no cômodo sem nenhuma restrição. “O vovô está dormindo“, diz uma mãe a um dos filhos, enquanto as crianças brincam ao lado do caixão.
Esta é uma cena que poderia deixar qualquer brasileiro chocado, mas é algo comum nesta comunidade da Indonésia. O senhor Paulo Cirinda faleceu há mais de 12 anos, mas como a família acredita que ele está vivo, o corpo é mantido dentro de casa.
Em Tana Toraja, na ilha de Sulawesi, Indonésia, os mortos estão espalhados pelas casas e muitos são sepultados só depois de alguns meses após o falecimento, ou até mesmo anos. Durante esse tempo o corpo fica sob os cuidados dos familiares e quem morreu é tratado como se estivesse apenas doente.
A família limpa os corpos, troca as roupas e até leva cigarros diariamente. Para esses familiares, caso o corpo não seja cuidado da forma correta, os espíritos irão assombrá-los, por isso cumprem todos os rituais para cuidar do morto.
Com o passar dos anos, esta tradição vai perdendo força, enquanto a população vai se convertendo ao cristianismo, mas enquanto isso as religiões vão coexistindo com respeito.