De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o vírus responsável pela chamada varíola dos macacos não é capaz de permanecer em suspensão no ar. O levantamento foi divulgado na última quinta-feira (09) e explica porque pessoas que compartilharam voos com pacientes infectados não receberam o contágio da doença, ainda que tenham permanecido por várias horas no mesmo ambiente fechado.
Transmissão da varíola dos macacos é diferente da Covid-19
A maneira como o vírus da varíola dos macacos se comporta é diferente de outras doenças infecciosas, a exemplo da Covid-19. O contágio acontece principalmente quando a pessoa tem contato com feridas de um paciente infectado, ou mesmo em materiais que encostaram nas erupções cutâneas, como roupas e lençóis.
Outra forma de contágio da varíola dos macacos é por meio de secreções respiratórias, nos casos em que duas pessoas conversam de maneira muito próxima. Em contrapartida, conversas casuais, passando por alguém doente ou encostando em objetos como maçanetas, por exemplo, o vírus não é transmitido.
Os cientistas ainda estão analisando outros fluidos corporais que tenham potencial de transmissão do vírus. É o caso do sêmen, conforme informações divulgadas pela CDC.
Desde que o primeiro paciente foi identificado com varíola dos macacos no Reino Unido, pelo menos 1.500 pessoas estão contaminadas em todo o planeta. Os pacientes estão distribuídos em mais de 30 países onde a doença não é endêmica, incluindo três registros em território brasileiro.