A doença de Alzheimer desafia cientistas e médicos, que não medem esforços para tentar identificar as causas da enfermidade e buscam um tratamento precoce. Recentemente, um estudo realizado pela Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou que uma região do cérebro acontecem as primeiras alterações provocadas pelo Alzheimer. A pesquisa abre caminhos para que novos estudos possam fazer a indicação das melhores opções de tratamento para a enfermidade.
De acordo com especialistas, há três sintomas característicos na fase inicial da doença de Alzheimer: atividade neuronal aparentemente compensatória (ocorre quando uma região cerebral tentar fazer a compensação do déficit apresentado por outra), inflamação neural e acúmulo de proteínas amiloides.
Infelizmente, a enfermidade somente começa a apresentar sintomas de acúmulo de proteínas depois de anos, o que traz um desafio para os profissionais conseguirem diagnosticar com a maior antecedência possível. Os estágios da doença foram definidos pelo especialista, o Doutor Barry Reisberg, da Universidade de Nova York. Veja abaixo as 7 fases da doença de Alzheimer.
1º estágio – sem sintoma de demência
Lapsos de memória são considerados normais em todas as idades. Quando uma pessoa vai envelhecendo é natural que ocorram com uma frequência maior e não é indicativo que seja um grave problema.
2º estágio – esquecimentos e perda de memória subjetiva
Pessoas acima dos 65 anos costumam se queixar de não conseguirem lembrar nomes, como faziam anos antes. No geral, os parentes e amigos não conseguem identificar a questão de imediato. Essa fase pode durar até 15 anos, sem estar associada a outros sintomas.
3º estágio – impacto cognitivo leve
Os déficits nessa etapa são leves, mas já é possível ser percebido por pessoas próximas. O paciente tem a tendência a repetir a mesma pergunta várias vezes. Essa etapa pode ter duração de até sete anos.
4º estágio – demência leve e declínio cognitivo moderado
As dificuldades enfrentadas nessa etapa ficam visíveis com o declínio na habilidade em realizar atividades cotidianas, como pagar as contas e cozinhar.
5º estágio – declínio cognitivo severo/demência moderada
Nessa fase o paciente já não consegue viver de forma independente. A pessoa não consegue se alimentar sozinha, escolher a própria roupa ou fazer a higienização da casa. Também pode haver problema de comportamento, como ataques de desconfiança e raiva.
6º estágio – declínio cognitivo grave/demência moderada
Nessa fase o paciente não tem mais capacidade de fazer as atividades cotidianas sozinha. Não consegue mais se lembrar de fatos comuns da vida, sendo os ataques de raiva mais frequentes.
7º estágio – declínio cognitivo muito grave e demência muito grave
O paciente precisa de assistência para realizar atividades básicas de sobrevivência. A fala vai se tornando restrita até ser perdida por completo. A causa da morte comum nesses casos geralmente está ligada à pneumonia, devido à deglutição que vai se tornando mais acentuada.