Quando o bebê entra na fase da introdução alimentar, as mães já começam a se preocupar com os tipos de alimentos que serão ou não benéficos para a saúde dos pequenos.
Essa preocupação permanece ao longo de toda a infância, afinal, toda mãe sonha com um bebê que aceite comer verduras e legumes!
Partindo do princípio de que, de acordo com o Ministério da Saúde, 6,4 milhões de crianças estão acima do peso no Brasil (representando 50% da população nessa faixa etária) e 3,1 milhões estão com obesidade infantil, a alimentação nessa fase da vida é algo a que os pais devem prestar muita atenção.
Por que milhões de crianças estão acima do peso?
Uma reportagem divulgada pelo Portal de Notícias G1, aponta que, se os números referentes ao excesso de peso na infância já eram alarmantes em 2019, um ano antes da pandemia, agora estes dados podem ser ainda mais preocupantes.
A pandemia não afetou apenas a rotina dos adultos, como também a das crianças, gerando muitas mudanças.
Estudos em EAD, falta de rotina e horários, menos atividades físicas e, principalmente, alimentação desregrada, são só alguns dos motivos do ganho de peso infantil durante a pandemia.
Essa situação gera consequências, não somente na infância, mas também na fase adulta, visto que crianças obesas têm tendência a se tornarem adultos obesos e desenvolverem doenças como diabete e câncer.
Ainda de acordo com a reportagem, a obesidade não depende apenas de um fator, mas é a junção de diversos comportamentos. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos, os números da obesidade infantil se devem, principalmente, ao consumo exagerado de alimentos ultra-processados na infância.
Para comprovar a teoria, entre as famílias entrevistadas pelo Enani-2019 (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil), 93% dos pais de crianças entre 2 e 4 anos e 11 meses, afirmam que os alimentos ultra-processados fazem parte da rotina de alimentação das crianças. Já entre as crianças entre 6 meses e 1 ano e 11 meses, os números chegam a quase 81%.
São bolachas recheadas, sucos de caixinha, refrigerantes, salgadinhos e doces, os maiores vilões da alimentação saudável infantil, responsáveis por colocar os pequenos em risco, não somente durante a infância.
Como introduzir a alimentação saudável para as crianças?
Não há melhor forma de aprender sobre os filhos do que manter contato com profissionais e também com outras mães.
A troca de informações e experiências pode ajudar muitas famílias em apuros.
O site Mãe Experiente, criado por Márcia Toledo, é um dos ambientes online que favorecem essa disseminação de conhecimento.
Além de dicas de alimentação, amamentação, lazer, sono e bem-estar infantil, também é possível encontrar, no espaço online, informações valiosas para pais e responsáveis, e, também, outras dicas para cuidado com a família e a casa.
Lá é possível descobrir quais são, inclusive, as formas mais saudáveis para realizar a preparação dos alimentos, desde como escolher o melhor cooktop para a família a outros eletrodomésticos para “fritar” alimentos sem óleo ou mantê-los conservados por mais tempo.
Para introduzir uma alimentação mais saudável e tirar as crianças dos perigos dos industrializados, é bom se manter atualizado sobre quais alimentos podem ou não ser ingeridos pelos pequenos. E, para as mães que amamentam, é possível aprender sobre podando, ou não, interferir na produção de leite, entre outras coisas.
Aqui, algumas dicas para melhorar a alimentação das crianças:
- Mudança de hábitos: para crianças já acostumadas a comer doces, salgadinhos, bolachas e outros alimentos processados, pode ser mais complicado inserir novos hábitos, por isso, comece lentamente. Primeiro diminua a quantidade de ultra-processados da rotina. Em seguida, busque receitas que possam substituir tais alimentos, principalmente os doces, saborosamente e saudável. Testar é importante, e lembre-se de não ter esses alimentos em casa, assim não haverá tentação.
- Insistência: ao oferecer determinados alimentos à criança, ela pode recusar, mesmo antes de provar. Porém, insistir para que ela pelo menos prove o alimento é fundamental para mudar as perspectivas. Outra solução é buscar maneiras diferentes de fazer o mesmo alimento. Certamente uma delas agradará à criança.
- Oferecer alimentos equilibradamente: essa é uma boa forma de garantir que além de provar novos sabores, a criança coma tudo o que estiver no prato. Evite oferecer guloseimas pouco antes das principais refeições e monte um cardápio variado para chamar a atenção do pequeno.
Comidas saudáveis que as crianças adoram!
Apesar de haver uma ideia geral de que criança gosta de comer “besteira”, existem, sim, comidas saudáveis que toda criança gosta.
- Ovo: alimento rico em proteínas que é bastante versátil. As crianças amam ovos cozidos e omeletes. A segunda opção é ótima para introduzir outros alimentos na hora do preparo;
- Banana: dificilmente uma criança não gostará de banana. Além de poder comê-la in natura, cozida, grelhada com canela e até mesmo em forma de doces caseiros;
- Abacate: rico em gorduras boas, essa fruta pode ser ingerida tanto doce quanto salgada. Pode ser parte de uma vitamina ou do lanche, como guacamole ou salada;
- Oleaginosas: fonte de gorduras boas e ácidos graxos, as oleaginosas (nozes, castanhas, amendoim) são ótimas opções de lanches;
Esses são apenas alguns exemplos e o paladar infantil, além de variado, vai se moldando conforme novos sabores vão sendo apresentados. Por isso, é importante que as mães variem o cardápio e a apresentação dos pratos, além disso, pais que comem bem são o melhor exemplo para os filhos.