O diabetes é uma doença série e precisa de acompanhamento médico para evitar complicações. Um remédio imunoterápico “revolucionário” que teve a eficácia comprovada recebeu a aprovação dos órgãos reguladores dos Estados Unidos. A medicação atua no organismo retardando o desenvolvimento do diabetes tipo 1.
Segundo informação de especialistas, o teplizumab marca uma nova era em relação ao tratamento dos pacientes portadores da enfermidade. É a primeira vez que uma medicação vai combater a causa da doença e não apenas os sintomas como acontece atualmente.
Como funciona a droga
O remédio atua no organismo por meio de reprogramação do sistema imune, impedindo que ele ataque erroneamente as células do pâncreas que são responsáveis pela produção da insulina. A probabilidade é que essa decisão dos Estados Unidos abra precedentes para que outros países também aprovem o uso da droga. A estimativa é que exista em torno de 8,7 milhões de pessoas no mundo que são portadores do diabetes tipo 1.
No paciente que sofre com o diabetes tipo 1, o sistema imune, que normalmente é responsável por combater vírus e bactérias, acaba atacando por engano as células-chave do pâncreas que fabricam a insulina no organismo.
A insulina é um hormônio extremamente importante que ajuda o corpo a usar a glicose como energia. A maior parte dos tratamentos que existem no mercado atualmente se baseia no portador da doença fazer a verificação dos níveis de açúcar no sangue e tomar a insulina, através de injeção ou infusão diariamente.
Medicamento revolucionário
No ano de 2019, um teste realizado apontou que a droga conseguiu atrasar o desenvolvimento da enfermidade por cerca de dois anos em alguns indivíduos do grupo de alto risco para a condição. Para os especialistas, esse atraso é algo muito significativo, especialmente em pacientes jovens que necessitam usar a insulina todos os dias ou fazer o monitoramento por esse período de tempo.
Os estudiosos sugerem que os indivíduos podem passar mais anos com os níveis de glicose no sangue em um patamar saudável. Isso ajuda a oferecer mais tempo de proteção das complicações causadas pelo alto nível de açúcar no sangue, como enfermidades oculares e renais.