No decorrer de fevereiro, as ações da Oi (OIBR3) experimentaram uma valorização notável, atingindo uma alta de 129,00% na Bolsa. Contudo, Fabiano Vaz, analista da Nord Research, adverte os investidores para não se deixarem iludir por esse movimento.
Ele destaca que, apesar da recente ascensão, essa valorização não compensa a queda drástica de 38,90% desde o início do segundo processo de recuperação judicial da empresa, em 1º de fevereiro de 2023. Mesmo após essa disparada, as ações ainda precisam aumentar em 63,70% para recuperar as perdas.
A situação se agrava quando se amplia o horizonte temporal. Nos últimos dois anos, os papéis da empresa acumularam uma desvalorização significativa de 85,10%. Segundo Vaz, seria necessário um aumento de 569,40% para recuperar essas perdas.
(OIBR3, OIBR4) – analista faz alerta
Vaz adverte que investir na Oi (OIBR3, OIBR4) seria uma decisão desfavorável: “Uma das piores decisões do que fazer com o seu dinheiro”. Ele também ressalta casos de pessoas que investiram todo o seu patrimônio na empresa, vendendo até seus bens, e até hoje não viram uma recuperação do valor investido, pelo contrário, assistiram à dilapidação de seu patrimônio.
Quanto ao futuro da empresa, as perspectivas não são positivas, principalmente devido à sua dificuldade em equilibrar as operações, investimentos em expansão de fibra e o pagamento de juros e dívidas. A venda da participação restante na V.tal, uma empresa rentável de fibra, é uma das medidas esperadas para preservar o caixa.
O que acontece se a Oi (OIBR3, OIBR4) falir?
Vaz também alerta para a possibilidade de falência da Oi, um cenário que os investidores não devem ignorar. A recuperação judicial é uma tentativa de evitar esse desfecho, permitindo à empresa suspender suas dívidas temporariamente enquanto negocia com os credores. No entanto, se a empresa não conseguir reestruturar sua situação financeira, pode ser forçada a falir, resultando na perda total dos ativos dos investidores.
Diante dessas considerações, a Nord Research não recomenda a montagem de posição na Oi. Eles argumentam que há oportunidades melhores de investimento na bolsa brasileira, dadas as incertezas e riscos elevados associados à empresa.