A lutadora argelina Imane Khelif venceu a disputa contra a italiana Angela Carini na categoria de até 66 kg do boxe feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. A vitória ocorreu de forma controversa, com a italiana abandonando a luta após 46 segundos devido a um soco que a machucou consideravelmente.
A polêmica se intensificou devido à participação de Imane, que não passou no teste de gênero do boxe da Associação Internacional de Boxe (IBA na sigla em inglês). Nas redes sociais, muita gente passou a questionar a participação de Imane Khelif na disputa em Paris.
Boxeadora não é mulher trans
A definição do sexo do indivíduo inclui fatores como cromossomos, órgãos genitais, órgãos reprodutivos internos e níveis hormonais. Segundo dados da ONU, um em cada 10 mil bebês pode apresentar divergências entre esses fatores.
Isso significa que é possível ter órgãos sexuais externos femininos e internos masculinos, ou vice-versa. Ou ainda é possível ter níveis hormonais que não correspondem ao sexo biológico da pessoa. Imane teria níveis elevados de testosterona no organismo. Transexual é a pessoa que nasce com um sexo biológico, se identifica como pertencente ao outro sexo e faz a transição.
Decisão tomada
Apesar de ter sido desclassificada de outras competições devido aos níveis de testosterona, Imane foi autorizada a competir pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que não utiliza a medição de testosterona como critério. Esse mesmo critério permitiu a participação da boxeadora taiwanesa Lin Yu-Ting nas Olimpíadas de Paris.