Medalhista olímpico, Willian Lima é 3º sargento da Marinha; este é o salário dele como militar

Willian Lima, representante do judô brasileiro, conquistou medalha de prata e de bronze por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris.

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Nos Jogos Olímpicos de Paris, as Forças Armadas do Brasil têm uma contribuição significativa. Vários atletas, sobretudo medalhistas, integram o quadro ativo da Marinha, Exército ou Aeronáutica. Consequentemente, recebem soldos mensais como militares.

Este é o caso, por exemplo, de Willian Lima. Medalhista de prata e de bronze por equipes, o representante do Brasil no judô é 3º sargento da Marinha. Por essa razão, o atleta recebe um soldo mensal no valor de R$ 6.387,75.

Por que vários atletas olímpicos brasileiros são militares?

A explicação para o grande número de medalhistas olímpicos pelo Brasil ligados às Forças Armadas está no Paar (Programa Atletas de Alto Rendimento). Trata-se de um incentivo vinculado ao Ministério da Defesa, criado em 2008, para o fomento do esporte brasileiro de alto nível.

Nos Jogos Olímpicos de Paris, o número de atletas ligados ao Paar representa 35% da delegação brasileira, ou 98 esportistas. Destes, 11 conquistaram medalhas para o Brasil, do total de 24 medalhistas olímpicos da delegação nacional.

Quando o Paar foi criado?

O programa foi criado em 2008, durante o segundo mandato do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Atualmente, 533 atletas integram o programa, distribuídos em 35 modalidades.

Dentre os medalhistas olímpicos brasileiros nos Jogos de Paris de 2024, todos ocupam a graduação de 3º sargento, seja da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica. O fato de integrar o Paar não impede que o atleta receba outros tipos de incentivos, a exemplo do chamado Bolsa Atleta.