Segundo especialistas em aeronáutica, uma das principais hipóteses para a trágica queda de um avião em Vinhedo (SP), no início da tarde desta sexta-feira (9), resultando na morte de 62 pessoas, é uma falha no sistema anti-congelamento.
O problema no sistema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a entrar em uma condição de estol, conhecida como “parafuso chato”, antes de colidir com o solo. De acordo com o portal Metrópoles, durante o voo da aeronave, que pertence a companhia Voepass, o piloto teria solicitado permissão à torre de controle para reduzir a altitude devido ao acúmulo excessivo de gelo. No entanto, essa solicitação teria sido recusada.
Outro piloto fez alerta para torre de controle
Na sexta-feira, um outro piloto de um A320 que fez o mesmo percurso da aeronave que caiu, a caminho de Guarulhos, relatou ao controle de tráfego aéreo a formação de gelo na janela lateral da cabine, um incidente incomum.
O piloto disse que fez contato com a torre para que os funcionários alertassem os pilotos e copilotos que fariam a mesma rota durante o dia. “Fiz minha função, avisei o controle”, contou ele para o jornal O Globo. De acordo com o profissional em aviação, essa é a primeira vez que ele presenciou a formação de gelo em uma aeronave que ele estava no comando.
Momento da queda
O avião da Voepass, modelo ATR-72, partiu de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos (SP). A aeronave estava prestes a iniciar o procedimento de descida quando caiu no quintal de uma residência em um condomínio nas proximidades de Vinhedo.