Avião que caiu tinha freio e limpador de para-brisa quebrados; luz de alerta na ignição do motor estava acesa

O modelo ATR-72-500 que caiu em Vinhedo, São Paulo, possuía uma lista de reparos pendentes de realização.

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O avião turboélice ATR-72-500 pertencente à companhia Voepass (antiga Passaredo), que caiu em Vinhedo, no interior do estado de São Paulo, apresentava uma série de pequenos detalhes pendentes de conserto. Um dos defeitos estava em um equipamento de navegação, que não é obrigatório na aviação comercial, mas auxilia os pilotos.

Os detalhes da inspeção foram divulgados pelo jornal O Globo. O problema de navegação diz respeito ao não funcionamento do EHSI (Indicador Eletrônico de Situação Horizontal, traduzido para o português). O dispositivo ajuda os pilotos a acompanhar vários dados de navegação concentrados em uma única tela, sem que precisem observar diferentes monitores ao mesmo tempo.

Avião que caiu possuía reparos pendentes

Outros problemas triviais, que não impediriam a decolagem do avião, também foram constatados. Segundo O Globo, a luz de alerta na ignição do motor estava acendendo; um dos seis freios de rodas, usados para a aterrissagem e taxamento, estava inoperante; e o limpador de para-brisa do lado do co-piloto estava quebrado.

No interior do avião, para trás da cabine, duas poltronas de passageiros estavam com problemas nas fivelas do cinto de segurança. Havia ainda rasgos no carpete, além de problemas com o ar-condicionado, cortinas e assentos. O porta-copos do assento do piloto também estava faltando.

Voepass não nega problemas encontrados em inspeção

Em nota, a Voepass não negou esses problemas com o avião. No entanto, a companhia aérea reforçou que nenhum dos itens listados impediria a decolagem do ATR-72-500, o que é verdade. Vale lembrar que não há relação, ao menos por enquanto, das pendências mencionadas com a queda da aeronave, embora O Globo mencione ser indicativo de “relapso no trabalho de manutenção para conforto”.