O Fantástico, da TV Globo, conversou com um funcionário e um ex-funcionário da empresa VoePass, responsável pelo avião modelo ATR que caiu na última sexta-feira (9), resultando na morte das 62 pessoas que estavam a bordo, além de uma cadela de seis meses.
Um comissário de bordo ouvido pelo noticiário e que trabalha atualmente na VoePass, fez críticas à companhia. Um ex-comandante, que trabalhou na empresa, expôs detalhes inusitados durante a manutenção de uma das aeronaves.
Comissário critica VoePass
Sem se identificar, o comissário disse que a empresa colocava a segurança dos passageiros em segundo ou terceiro plano. Segundo ele, a companhia visava mais o lucro. O profissional ainda contou que havia uma aeronave que os funcionários apelidaram de Maria da Fé. “Porque só voava pela fé”, contou.
Um ex-funcionário da VoePass, o comandante Ruy Guardiola, acumulou 15 mil horas de voo no mesmo modelo da aeronave que caiu. Ele trabalhou na Passaredo, hoje VoePass, por um mês em 2019. Embora tenha sido um curto período, ele se recorda de uma situação inusitada relacionada ao botão que ativa o sistema antigelo.
Comandante conta detalhe inusitado
Ruy Guardiola contou que após ser detectado um problema no nível de aquecimento de um dos sistemas de uma aeronave da empresa, a equipe de manutenção colocou um palitinho de madeira no botão para solucionar o problema. Ele contou que não conseguiu acreditar no que estava vendo. “A solução encontrada pela manutenção foi a colocação de um palito de fósforo, ou sei lá, um palito de dente. Eu vi com esses olhos”, disse.