O ministro da Defesa do Brasil, José Múcio Monteiro, anunciou o possível motivo para a queda do avião da Voepass que fazia a rota Cascavel (Paraná) a Guarulhos (São Paulo) na última sexta-feira, dia 09 de agosto. Ratificando uma das teses mais fortes entre os especialistas em aviação, o ministro opinou que o gelo nas asas da aeronave pode ter provocado a catástrofe aérea.
José Múcio Monteiro também afirmou que não teria havido contato entre o piloto e o co-piloto do turboélice ATR-72-500 acidentado com a torre de controle. O local da queda contava com aeroportos ao redor, como o de Viracopos, Jundiaí e Amarais, em Campinas.
Ministro desmente teoria conspiracionista
O ministro da Defesa, por outro lado, negou uma teoria conspiracionista que circula pelas redes sociais desde o dia da tragédia. A teoria sugere que os pilotos do ATR-72-500 que caiu tivessem solicitado à torre autorização para descer e que teriam recebido uma suposta negativa para isso. Na verdade, não houve, segundo ele, nenhum contato.
Por que o gelo causou a queda do ATR-72-500 da Voepass?
Teoricamente, a formação de gelo nas asas do ATR-72-500 teria provocado a perda de sustentação por alterar o fluxo de ar previsto pelo design industrial da aeronave. Eventos dessa natureza são esperados em aviões que voam na altitude desse modelo, que contam com sistemas próprios para o degelo.
Logo, o trabalho dos investigadores neste momento consiste em compreender por que os sistemas de degelo do ATR-72-500 não foram utilizados. Peritos colheram provas no local do acidente, incluindo a remoção das caixas-pretas, que já são objetos de perícia neste instante.