Lembra dele? Esta é a profissão atual do ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, da Máfia do Apito

Edílson Pereira de Carvalho foi banido do futebol após o escândalo da Máfia do Apito.

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Dezenove anos após ser o protagonista do escândalo da Máfia do Apito, o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, agora com 62 anos, leva uma vida mais modesta e discreta. Longe dos holofotes que o envolviam nos tempos em que atuava nos gramados, Edílson trabalha atualmente em um Centro de Distribuição de Mercadorias (CDM), realizando tarefas simples e mantendo uma rotina afastada da mídia.

Em uma entrevista ao canal Cartoloucos, no YouTube, Edílson revelou que seu dia a dia começa entre 8h30 e 9h da manhã, quando inicia suas atividades no CDM, onde se encarrega de separar entregas por bairros. No entanto, o ex-árbitro preferiu não especificar em qual cidade reside ou trabalha, mantendo um certo grau de privacidade.

Edílson teve dificuldades para arrumar emprego

Arranjar um emprego não foi tarefa fácil para Edílson após ser banido do futebol. Ele contou que enfrentou muitas dificuldades para recomeçar sua vida depois de 2008, quando começou a buscar novas oportunidades de trabalho. “Ou é todo mundo santo e só eu que errei nessa vida?”, desabafou. Edílson optou por um estilo de vida mais recluso, evitando lugares públicos e preferindo a companhia de um baralho online em um escritório montado dentro de sua casa.

Além disso, ele encontrou prazer em atividades simples, como caminhar entre 12 e 13 quilômetros antes de ir trabalhar e desfrutar de uma taça de vinho. Apesar de seu passado como árbitro de futebol, Edílson confessou não sentir saudades de apitar jogos e revelou um arrependimento que carrega consigo: ter queimado as fitas com as gravações de suas atuações em campo. Em meio a dificuldades financeiras após o escândalo, o ex-árbitro também precisou vender presentes que havia recebido de clubes ao longo de sua carreira, incluindo camisas e outros itens valiosos.

Máfia do Apito foi descoberta em 2005

O esquema da Máfia do Apito foi descoberto em 2005, quando Edílson Pereira de Carvalho e o também ex-árbitro Paulo José Danelon foram acusados de manipular resultados de jogos em troca de dinheiro, favorecendo criminosos que lucravam com apostas milionárias. Como consequência, Edílson foi preso, e 11 partidas apitadas por ele no Campeonato Brasileiro daquele ano foram anuladas e disputadas novamente. A polêmica acabou beneficiando o Corinthians, que se sagrou campeão com três pontos de diferença para o Internacional, equipe que liderava a competição antes da anulação dos jogos.