Policiais encontraram aliança, silicone e algema no corpo da advogada que foi concretada em uma parede

Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, permaneceu desaparecida por sete meses até a localização dos seus restos mortais.

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Investigadores encontraram uma série de indícios no corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, cujo corpo foi localizado concretado na casa de seu executor confesso, sete meses após ser dada como desaparecida. Entre as evidências descobertas estavam uma aliança com o nome do marido, Benjamim Cordeiro Herdy, de 78 anos, com quem ela estava casada há 20 anos, além de próteses de silicone, resultado de um procedimento estético recente. A presença de uma algema em um dos pulsos e um fitilho de plástico em seu pescoço levantaram a hipótese de que a morte tenha ocorrido por esganadura.

O reconhecimento do corpo da advogada foi feito por meio de técnicas avançadas de perícia odontológica, enquanto a causa exata da morte ainda será confirmada pela perícia. O cadáver de Anic foi encontrado concretado na garagem da casa de Lourival Correa Neto Fadiga, que confessou o crime. De acordo com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Lourival também mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima. Segundo o depoimento do acusado, ele aproveitou as obras em sua residência para concretar o corpo, ocultando-o no mesmo dia do desaparecimento.

Relembre o desaparecimento de advogada no Estado do Rio de Janeiro

Anic de Almeida Peixoto Herdy desapareceu no dia 29 de fevereiro, sendo vista pela última vez em imagens de câmeras de segurança, deixando um shopping em Petrópolis enquanto trocava mensagens pelo celular. Ainda no dia do desaparecimento, Benjamim, o viúvo, recebeu mensagens de um dos celulares da vítima exigindo um resgate no valor de R$ 4,6 milhões. As mensagens alertavam que a casa da família estava sendo monitorada e proibiam o contato com a polícia. Nos dias seguintes, o resgate foi pago por meio de transferências bancárias e saques em espécie.

A Polícia Civil só foi acionada duas semanas após o desaparecimento. A denúncia foi feita por uma das filhas de Anic, que gravou uma conversa entre Benjamim e Lourival, revelando detalhes suspeitos. Além de amante de Anic, Lourival também era funcionário de Benjamim, o que levantou ainda mais suspeitas sobre seu envolvimento no crime. A investigação se aprofundou com a análise dos celulares dos acusados, revelando que Lourival não esteve em uma favela no Rio de Janeiro, onde supostamente deveria entregar o dinheiro do resgate, mas sim em uma concessionária de automóveis na Barra da Tijuca.

Lourival usou dinheiro do resgate para comprar caminhonete, motocicleta e 950 celulares

Com o dinheiro do resgate, Lourival adquiriu uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil, uma motocicleta e 950 aparelhos celulares, que foram levados para uma loja de sua família, evidenciando a tentativa de encobrir o crime com compras de alto valor. As investigações seguem para confirmar todos os detalhes e desdobramentos desse caso que chocou a cidade de Petrópolis e todo o estado do Rio de Janeiro.