Pablo Marçal divulga suposto laudo atestando que Guilherme Boulos faria o uso de drogas

Pablo Marçal publicou um laudo de um suposto atendimento psiquiátrico pelo qual o candidato Guilherme Boulos teria passado em 2021.

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O empresário Pablo Marçal, candidato à prefeitura da cidade de São Paulo pelo PRTB, publicou em seu perfil nas redes sociais um suposto laudo que comprovaria acusações que fez contra Guilherme Boulos, candidato ao mesmo cargo pelo PSOL, ao longo de toda a campanha eleitoral. O documento atesta que o deputado federal supostamente faria uso de cocaína.

O suposto prontuário foi assinado pelo médico José Roberto de Souza, já falecido. O CFM (Conselho Federal de Medicina) informou que o profissional já faleceu, embora o suposto atendimento tenha ocorrido em 2021. O G1, por sua vez, disse ter apurado que o dono da clínica que emitiu o laudo, chamado Luiz Teixeira da Silva Júnior, da Mais Consulta, no passado, teria sido condenado por falsificar o diploma de curso de Medicina e a ata da colação de grau.

Laudo apresenta dados questionáveis

O suposto laudo apresenta uma série de erros que têm sido utilizados pelos opositores de Pablo Marçal, sobretudo da campanha de Guilherme Boulos, para questionar a sua autenticidade. Por exemplo, o RG atribuído ao candidato do PSOL tem um número a mais. O nome da clínica aparece com a grafia incorreta, além de existirem outros erros gramaticais, questionáveis para um documento dessa natureza.

Advogados de Guilherme Boulos reagem contra Pablo Marçal

A campanha de Guilherme Boulos reagiu à divulgação do documento. Os advogados do candidato se dirigiram à Justiça Eleitoral, exigindo a imediata remoção do laudo das redes sociais de Pablo Marçal.

“O documento trata de um inexistente atendimento médico que teria ocorrido em 19 de janeiro de 2021, relatando que o candidato peticionário teria se apresentado ‘com um quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas’, com exame que indicaria resultado positivo para o uso de cocaína. O documento é falso, uma invenção criminosa criada para tumultuar a normalidade do pleito eleitoral”, argumentou a defesa do candidato.