O candidato a prefeito da cidade de São Paulo Guilherme Boulos, do PSOL, comunicou publicamente na noite da última sexta-feira, dia 04 de outubro, que pediu a prisão do empresário Pablo Marçal, também candidato ao mesmo cargo pelo PRTB. A manifestação aconteceu pouco tempo após o influenciador digital publicar um laudo toxicológico que atesta o suposto uso de cocaína por parte do concorrente, documento que vem sendo tratado como falso tanto pelo acusado quanto pelos demais candidatos de outros partidos.
“O Pablo Marçal não tem limite. Ele publicou na rede social dele um documento falso querendo sustentar a fake news dele, que já foi desmascarada, de que eu usaria drogas”, declarou o candidato. “Estamos entrando agora à noite com um pedido de prisão dele e do dono da clínica”, acrescentou.
Guilherme Boulos teria dado entrada em clínica em surto psicótico, aponta suposto laudo
O suposto laudo teria sido emitido durante um atendimento em uma emergência psiquiátrica. Guilherme Boulos, de acordo com o laudo, teria dado entrada na clínica de onde foi expedido o documento com “um quadro de surto psicótico grave, delírios persecutórios e ideias homicidas, além de confusão mental e episódios de agitação”.
Suposto laudo apresenta uma série de erros
O suposto documento apresenta uma série de erros e incongruências que vêm sendo utilizados pelas outras campanhas para refutar a sua veracidade. Por exemplo, o RG de Guilherme Boulos inscrito no laudo apresenta um número a mais. Além disso, o médico responsável pela assinatura, José Roberto de Souza, não possui especialidade registrada no referido conselho. O profissional, hoje, é uma pessoa falecida.
Na data em que o suposto atendimento teria sido realizado, 19 de janeiro de 2021, Guilherme Boulos fez uma live nas redes sociais pela manhã, falando sobre as vacinas contra a Covid-19. No dia seguinte, esteve em uma ação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) na Zona Sul de São Paulo, também documentada e publicada nas redes sociais.