O laudo cadavérico realizado na bebê de 9 meses que supostamente teria se mexido durante o próprio velório, em Correia Pinto, Santa Catarina, descartou a possibilidade de a criança ter apresentado sinais vitais reais durante a cerimônia. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a perícia concluiu que a morte da bebê ocorreu por volta das 3 horas da manhã de sábado (19)
Esta informação já constava no atestado de óbito emitido pelo hospital onde ela foi inicialmente atendida. De acordo com o médico legista, é possível que fatores como percepção de calor e leituras equivocadas no oxímetro tenham levado à impressão de que a bebê estava viva durante o velório.
Bebê não estava viva
O Corpo de Bombeiros, que atendeu à ocorrência, relatou ter encontrado sinais de saturação de oxigênio e batimentos cardíacos, mas a perícia descartou a possibilidade de esses sinais indicarem vida real na criança. O MPSC também aguarda o laudo anatomopatológico, utilizado para diagnóstico mais aprofundado de doenças e condições, como tumores, para identificar a causa exata da morte.
Esse exame pode esclarecer se houve negligência no primeiro atendimento médico e está previsto para ser concluído em até 30 dias. A bebê havia sido declarada morta no Hospital Faustino Riscarolli, mas durante o velório, familiares teriam percebido um movimento em uma das mãos da criança, o que gerou confusão e levou à intervenção do Corpo de Bombeiros. Após a remoção do corpo e novos exames no hospital, a morte foi novamente confirmada por um eletrocardiograma.
Divergência na causa da morte
A revelação da causa exata da morte será conhecida em cerca de um mês. O médico que atestou a morte da bebê disse à família que a causa havia sido por asfixia por vômito. Contudo, na declaração de óbito constava a informação de desidratação e infecção intestinal bacteriana como causas do óbito.