José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, um dos lutadores mais icônicos do boxe brasileiro, faleceu nesta quinta-feira (24) aos 66 anos. O ex-pugilista lutava contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição diagnosticada há 11 anos.
O lutador estava sob cuidados no Centro Terapêutico Anjos, localizado em Itu, no interior de São Paulo, desde 2017, devido à gravidade da doença, que é incurável. A encefalopatia traumática crônica é uma doença neurodegenerativa resultante de lesões repetidas na cabeça ou no crânio.
Maguila foi vítima de encefalopatia traumática crônica
A doença que Maguila tinha foi reconhecida pela primeira vez em boxeadores nos anos 1920, mas também pode afetar atletas de outros esportes, como o futebol americano, e até mesmo soldados expostos a explosões.
De acordo com Juebin Huang, do Departamento de Neurologia do Centro Médico da Universidade do Mississippi, apenas cerca de 3% dos atletas que sofrem múltiplas concussões, mesmo que leves, desenvolvem a ETC.
Sintomas e prevenção da doença que matou Maguila
Os sintomas associados à encefalopatia traumática crônica podem ser bastante graves. Os indivíduos afetados podem apresentar alterações de humor significativas, mudanças de comportamento que incluem impulsividade e agressividade, além de prejuízos nas funções mentais e problemas musculares.
O tratamento para a encefalopatia envolve uma combinação de medidas de segurança e apoio, uso de medicamentos e aconselhamento psicológico. Criar um ambiente acolhedor e confortável é essencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com essa condição. A gestão da doença é complexa e exige um suporte multidisciplinar.