Em 13 de abril de 2029, o asteroide Apophis passará próximo à Terra, a uma distância de apenas 32.000 quilômetros do nosso planeta. Embora essa aproximação não represente uma ameaça de impacto, um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sugere que o campo gravitacional da Terra pode ter um efeito significativo na superfície do asteroide.
Durante esse evento, tremores e deslizamentos podem ocorrer no Apophis devido à interação com a gravidade terrestre. O fenômeno ocorre porque, conforme o Apophis se aproxima da Terra, a força gravitacional do nosso planeta pode alterar a superfície do asteroide, desencadeando processos físicos como tremores e deslizamentos de terra.
A descoberta desses efeitos foi possível graças a modelagens realizadas pelos pesquisadores. Estudos simularam como a força gravitacional pode afetar o comportamento do asteroide.
Em alguns lugares será possível observar o asteroide a olho nu
Essa passagem será visível do Hemisfério Oriental, onde será possível observar o Apophis a olho nu, sem a necessidade de telescópios ou binóculos. Isso tornará o evento ainda mais especial para astrônomos e entusiastas da astronomia.
Descoberto em 2004, o Apophis ganhou notoriedade devido ao seu potencial de impacto na Terra. Inicialmente, foi identificado como um dos asteroides mais perigosos, com algumas previsões sugerindo um risco de colisão com o nosso planeta em 2029, 2036 ou 2068, mas após investigações mais detalhadas, os cientistas descartaram essas possibilidades.
Nome do asteroide vem da mitologia egípcia
O nome “Apophis” vem da mitologia egípcia, onde Apophis é a personificação do caos, uma serpente que simboliza o mal e a destruição. A escolha desse nome reflete a importância cultural e simbólica que o asteroide adquiriu ao longo dos anos.
Em março de 2021, o Apophis fez um sobrevoo distante da Terra, permitindo que astrônomos realizassem observações mais precisas e confirmassem a segurança do asteroide. A NASA, através do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, anunciou que não existe risco de impacto pelo menos nos próximos 100 anos.