Ex-ministro de Bolsonaro, Braga Netto é preso no Rio sob acusação de planejar golpe de Estado

Operação cumpre mandados por obstrução à Justiça no inquérito que apura suposto plano de golpe.

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Neste sábado (14), a detenção do general da reserva Braga Netto, que foi ministro nos governos de Jair Bolsonaro, provocou grande expectativa em todo o país. Apontado como o mentor intelectual de uma tentativa de golpe de Estado, ele foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, e levado para a custódia do Exército, representando uma reviravolta significativa na investigação sobre os atos contra o Estado Democrático de Direito.

A Polícia Federal identifica Braga Netto como figura central em um plano ousado para barrar a posse do governo eleito em 2022. De acordo com as investigações, ele teria promovido reuniões secretas em sua casa e chegado a financiar manifestações de caráter golpista.

Um dos episódios mais simbólicos revelados pela PF envolve a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho destinada aos organizadores das ações antidemocráticas. A operação que resultou em sua prisão foi fundamentada em evidências detalhadas, incluindo depoimentos de colaboradores como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Situação de Braga Netto é delicada

Braga Netto, além de liderar o chamado ‘gabinete golpista’, teria atuado para obter de forma ilícita informações sigilosas da delação de Mauro Cid. Segundo a Polícia Federal, ele desempenhou um papel crucial ao buscar apoio entre militares da ativa e da reserva, consolidando-se como um dos principais líderes de uma rede conspiratória. A prisão de uma figura tão próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro aumenta a tensão entre os aliados do político, que já enfrentam uma crescente pressão legal.

Jair Bolsonaro negou que existiu plano golpista

Anteriormente, Jair Bolsonaro foi questionado sobre o suposto golpe de Estado. Na ocasião, o ex-presidente negou que essas conversas tenham existido e que ele sabia de algo. Vale lembrar que, conforme as investigações da PF, o suposto plano dos golpistas era assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.