A Polícia Civil do Rio Grande do Sul continua investigando o caso do bolo contaminado com arsênico que causou a morte de três pessoas e hospitalizou outras duas em Torres, no litoral norte do estado. Zeli Dias dos Santos, responsável pelo preparo do bolo, segue internada, e sua família a defende, classificando o caso como um acidente.
Isabel Moraes, cunhada de uma das vítimas, afirmou que Zeli está profundamente abalada com a tragédia e sofrendo com sentimentos de culpa. Segundo Isabel, o estado de saúde de Zeli tem se agravado devido à ansiedade, e ela agora depende de ventilação mecânica para respirar.
Tradição de família terminou com morte de três pessoas
A tradição natalina da família incluía o preparo de bolos, sendo que, neste ano, dois foram feitos: um por Zeli e outro por Maida, também vítima fatal. Apenas o bolo preparado por Zeli foi consumido. Laudos preliminares confirmaram a presença de arsênio no alimento no sangue de três das vítimas.
O químico Ubiracir Lima destacou que o arsênio não pode surgir de forma natural nos ingredientes utilizados, indicando que a substância só poderia ter sido adicionada de maneira externa. A Polícia Civil não considera Zeli como suspeita até o momento, mas segue investigando todas as possibilidades.
Outro bolo não foi comido
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Isabel falou sobre o outro bolo que foi preparado por Maida. Não sse sabe por qual motivo começaram o café da tarde pelo bolo de Zeli. As pessoas começaram a passar mal logo depois. “Se eles tivessem comido o outro, talvez isso não tivesse acontecido“, disse a familiar das vítimas.