Atitude de suspeita de envenenar bolo semanas antes do crime é de causar espanto; 3 da mesma família faleceram

Após Justiça mandar prender suspeita de envenenar bolo no Rio Grande do Sul, novos detalhes vêm à tona.

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Deise Moura dos Anjos, presa por suspeita de envenenar um bolo que causou a morte de três pessoas em Torres, realizou buscas na internet sobre arsênio antes do caso, segundo informações confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).

O relatório preliminar, obtido pela RBS TV, revelou que o telefone de Deise registrou pesquisas no Google, inclusive no Google Shopping, sobre arsênio e termos relacionados.

Pesquisa feita na internet por suspeita de envenenar bolo

A investigação, conduzida pela Polícia Civil, apontou que as pesquisas foram feitas em novembro, semanas antes do crime ocorrido em 23 de dezembro de 2024. No entanto, detalhes sobre a motivação ainda não foram divulgados para evitar interferências no andamento do caso.

O envenenamento por arsênio resultou na morte de três mulheres da mesma família que consumiram o bolo, preparado com uma farinha contaminada, conforme apuração do Instituto-Geral de Perícias (IGP).

Marguet Mittman, diretora do IGP, afirmou que as vítimas apresentaram concentrações altíssimas da substância. Além das mortes, outras três pessoas que consumiram o bolo sobreviveram e estão sendo acompanhadas.

Sobre a suspeita de envenenar o bolo no Rio Grande do Sul

Deise, nora de Zeli dos Anjos, que preparou o doce, foi presa temporariamente no domingo (05/01) e está detida em Torres. Ela é investigada por triplo homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e emprego de veneno) e tripla tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras.

A polícia informou que coletou 89 amostras na residência onde o bolo foi feito, e a farinha usada na receita apresentou altos índices de arsênio. A prisão de Deise tem validade de 10 dias, período em que os investigadores devem concluir o inquérito.

A defesa de Deise informou que realizou atendimento à cliente em parlatório, mas que ainda não teve acesso completo aos autos da investigação. O caso segue em andamento e mobiliza autoridades locais devido à gravidade das acusações e ao impacto causado na comunidade de Torres.