A Justiça do Rio Grande do Sul manteve a prisão de Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar um bolo que causou a morte de três pessoas em Torres. Durante audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (6), foi decidido que a suspeita permanecerá presa por 30 dias enquanto a investigação prossegue.
Deise é nora de Zeli dos Anjos, a mulher que preparou o bolo, e enfrenta acusações de triplo homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio contra outros familiares. Relatórios preliminares extraídos do celular da suspeita revelaram pesquisas na internet relacionadas ao uso de arsênio, substância que pode ter sido utilizada no crime.
Delegado falou sobre investigação
O delegado Marcus Vinícius Veloso afirmou que as provas contra Deise são consistentes, mas não divulgou detalhes para não comprometer o andamento do inquérito. Entre as vítimas fatais estão duas irmãs e a filha de uma delas. Outras pessoas que consumiram o bolo foram hospitalizadas, incluindo uma criança de 10 anos que já recebeu alta.
A defesa de Deise alegou que ainda há muitas perguntas sem resposta no caso, argumentando que a prisão temporária tem caráter investigativo. No entanto, a Polícia Civil considera a descoberta das buscas na internet como um indício crucial para a elucidação do crime.
Mulher que preparou o bolo segue internada
O incidente ocorreu durante uma confraternização de Natal, no dia 23 de dezembro, e chocou a cidade de Torres. Além das vítimas fatais, outras três pessoas passaram mal após o consumo do bolo, incluindo Zeli, que segue internada. O caso segue como prioridade nas investigações da Polícia Civil.