Deise Moura, presa temporariamente na investigação sobre as mortes de três mulheres após o consumo de um bolo em Torres, no Rio Grande do Sul, negou envolvimento nos óbitos e confirmou que tinha um relacionamento conturbado com a sogra, Zeli dos Anjos, e outros familiares.
A defesa de Deise afirmou, em nota, que as prisões possuem caráter investigativo e destacou que diversas perguntas e respostas ainda estão em aberto.
Suspeita de envenenar bolo admite desavenças
O portal g1 RS, com acesso aos depoimentos obtidos pelos repórteres Adriana Irion e Humberto Trezzi, do jornal Zero Hora, trouxe detalhes da investigação.
Deise relatou aos policiais que enfrentava desavenças com a sogra, em especial por questões financeiras. Segundo a suspeita, Zeli chegou a bloqueá-la nas redes sociais após um desentendimento, além de admitir que frequentemente chamava a sogra de “Naja“.
Apesar das tensões recorrentes, a interrogada afirmou nunca ter desejado a morte de Zeli ou de outros membros da sua família.
Suspeita de envenenar bolo fala sobre morte do sogro
Ela também mencionou uma discussão com Tatiana Denize, sobrinha de sua sogra, ocorrida na época de seu casamento. No entanto, destacou que mantinha um bom relacionamento com Paulo, seu sogro, que morreu em setembro.
Deise afirmou aos investigadores que, em setembro, Zeli e Paulo consumiram bananas contaminadas pela enchente em Canoas. Ambos passaram mal e relataram aos médicos uma sensação de “dormência ou algo apimentado na boca“, semelhante ao ocorrido em dezembro. Entretanto, a sua sogra se recuperou do ocorrido e seu sogro não resistiu.
A investigação segue em andamento, com a análise de exames toxicológicos e perícias nos alimentos e nas substâncias envolvidas. As autoridades trabalham para esclarecer o caso, enquanto Deise permanece detida.