Mulher suspeita de envenenar bolo de Natal pode pegar até 30 anos de cadeia

Caso seja condenada, pena pode chegar a três décadas devido ao meio empregado no crime.

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Os recentes casos de envenenamento de famílias no Rio Grande do Sul e no Piauí trouxeram à tona a gravidade do uso de venenos como método de homicídio. Esse tipo de crime é considerado premeditado e cruel, o que pode acarretar penas mais severas em caso de condenação.

No Rio Grande do Sul, Deise Moura dos Anjos está presa sob acusação de ter envenenado membros de sua própria família com arsênio, resultando na morte de três pessoas após seis familiares comerem um bolo de Natal no dia 23 de dezembro.

Arsênio foi colocado em bolo de Natal

De acordo com o advogado criminalista Nícolas Bereta Machado, em entrevista ao SBT News, o uso de veneno eleva a gravidade do crime por envolver planejamento minucioso. Ele ressalta que a premeditação e a crueldade exacerbada são fatores que podem agravar a pena.

O fato de a substância ser deliberadamente introduzida em alimentos compartilhados expõe várias pessoas ao risco, caracterizando uma atitude de extremo descaso pela vida humana. O arsênio, usado no crime, é historicamente conhecido como o rei dos venenos.

Tempo de prisão pode chegar a 30 anos

O caso de Deise Moura dos Anjos, em particular, segue em investigação. O primeiro passo será a finalização do inquérito por parte da Polícia Civil e a decisão de arquivar o caso ou indiciar a suspeita. A partir daí, o processo para o Ministério Público. Caso o MP denuncie, caberá a Justiça tornar a mulher ré ou não. Se condenada por triplo homicídio duplamente qualificado, Deise poderá enfrentar até 30 anos de prisão.