Suspeita de envenenar bolo tentou fazer com que corpo do sogro fosse cremado

Corpo de sogro foi exumado e perícia confirmou presença de arsênio no organismo dele.

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Uma perícia realizada no corpo de Paulo dos Anjos, exumado pela polícia, revelou traços de arsênio em seu organismo. A vítima, sogro de Deise Moura dos Anjos, morreu em setembro sob suspeita inicial de intoxicação alimentar.

A revelação foi feita durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10), como parte da investigação sobre o caso do bolo envenenado que vitimou três pessoas da mesma família no Natal, em Torres.

Corpo de Paulo foi exumado

A exumação do corpo foi motivada pela descoberta de que o bolo de Natal, preparado por Zeli dos Anjos, esposa de Paulo, também continha arsênio. O doce foi servido a familiares, resultando em mortes e hospitalizações. O laudo pericial fortalece a hipótese de que a mesma substância foi usada em ambas as ocasiões, ligando os eventos.

A suspeita Deise Moura dos Anjos está presa preventivamente, enquanto a polícia investiga sua possível ligação com os crimes. As autoridades buscam entender como o arsênio foi adquirido e quais foram as motivações por trás do uso do veneno.

Entrevista coletiva da polícia

A delegada-geral do Rio Grande do Sul, Sabrina Deffenti afirmou que Deise tentou a cremação do corpo do sogro, morto em setembro. De acordo com o delegado Marcos Vinícius Veloso, faltou uma de duas assinaturas de médicos necessárias para que a cremação fosse realizada. Caso o corpo tivesse sido cremado, não havia possibilidade de exumação. Na coletiva, os representantes da Polícia Civil deixaram claro que acreditam que Deise é culpada pelos quatro crimes – e pode haver outras mortes causadas por ela.