A investigação sobre a morte de três pessoas de uma mesma família, que supostamente foram envenenadas por Deise Moura dos Anjos, ganhou novos contornos com a exumação do corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro da suspeita.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou que a causa da morte de Paulo, que havia falecido em setembro de 2024, foi envenenamento por arsênio. A revelação, feita pela diretora do IGP, Marguet Mittmann, desmantela a hipótese de intoxicação alimentar, indicando que Paulo pode ter sido vítima de um plano criminoso orquestrado por sua nora.
Autoridades se manifestam sobre a suspeita
“Conclui-se que a causa da morte de Paulo foi envenenamento”, revelou Marguet Mittmann, após a exumação do corpo do sogro da suspeita de envenenar bolo. A delegada Sabrina Deffente, responsável pela investigação, afirmou que a situação se agrava à medida que surgem indícios de que Deise pode ter tentado envenenar outras pessoas próximas à família. “Não temos dúvida de que se trata de uma pessoa que praticava homicídios e tentativas de homicídio em série”, afirmou.
A apreensão de celulares da suspeita revelou buscas por termos relacionados a venenos, reforçando a tese de um padrão de comportamento criminoso. As informações coletadas indicam que Deise poderia ter atuado por um longo período sem ser descoberta.
Suspeita nega crimes
Apesar das evidências, Deise Moura dos Anjos nega qualquer envolvimento nas mortes. Sua defesa ressalta que as prisões temporárias têm caráter investigativo e que ainda há muitas questões em aberto. O desdobramento desse caso trágico levanta uma série de questionamentos sobre a natureza das relações familiares e os limites da confiança, além de expor a complexidade da investigação criminal em situações tão delicadas. O caso continua a ser acompanhado de perto pela sociedade, que aguarda por mais esclarecimentos e desdobramentos do caso.