A investigação sobre a morte de um homem em Torres, no Rio Grande do Sul, tomou um rumo inesperado após a Polícia Civil revelar novos detalhes que implicam sua nora, Deise Moura dos Anjos, como principal suspeita de envenenamento.
De acordo com as autoridades, o sogro de Deise teria ingerido arsênio antes de falecer, e ela teria tentado ocultar a verdade por trás da tragédia familiar. As informações foram obtidas também a partir da análise das mensagens trocadas entre Deise e sua sogra, que revelam um possível plano de encobrir a verdadeira causa da morte.
Suspeita tentou esconder provas
Logo após a morte do sogro, Deise teria tentado cremar o corpo dele, uma ação que, segundo a delegada regional Sabrina Deffente, visava dificultar as investigações. Com a tentativa frustrada, a suspeita elaborou uma narrativa de que o sogro teria consumido bananas contaminadas por uma enchente em Canoas, local onde a família possuía uma casa. Essa justificativa, no entanto, não convenceu as autoridades, que continuam a investigar as circunstâncias que cercam o óbito.
Em conversa com a sogra, Deise tentou mais uma vez encobrir a morte do sogro e disse que o marido estaria “muito deprimido” com a morte do pai e que, supostamente, estaria se culpando por ter levado as bananas. Essa tentativa de desviar a atenção e minimizar a importância de uma investigação mais aprofundada levanta questões sobre a dinâmica familiar e os possíveis motivos que levariam Deise a cometer um ato tão grave.
Deise enviou mensagem à sogra
Deise também conversou com a sogra por meio de mensagens no celular e tentou impedir uma investigação mais detalhada sobre a morte do sogro. “Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais, e não procurar culpados onde não tem, não nos momentos em que Deus nos reserva, e isso, sim, não tem volta”, disse ela, segundo apontou as investigações da polícia.