Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar sua família com arsênio colocado em um bolo, teria sido motivada por duas desavenças familiares. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou que as brigas ocorreram com a sogra, Zeli Terezinha Silva dos Anjos, e com a prima de seu marido, Tatiana Denize Silva dos Santos. Ambas as mulheres foram intoxicadas com o veneno e precisaram ser internadas. Zeli recebeu alta nesta sexta-feira (10), mas Tatiana não resistiu aos efeitos do veneno e faleceu.
A briga entre Deise sua sogra, Zeli, que ocorreu há 20 anos, foi apontada como um dos motivos alegados pela suspeita para justificar o assassinato. Segundo a Polícia Civil, a desavença teria surgido quando Zeli sacou R$ 600 da conta de Deise. No entanto, as investigações revelam que a suspeita teria usado esse incidente como uma justificativa para cometer o crime.
Deise Moura dos Anjos teria criado narrativa para justificar assassinato
Deise Moura dos Anjos teria criado uma narrativa para justificar seus atos, segundo as investigações. De acordo com a delegada Sabrina Deffente, a suspeita registrou um boletim de ocorrência contra o marido em novembro, no qual mencionava um saque de R$ 600 realizado pela sogra 20 anos antes.
A polícia aponta que essa história foi construída por Deise para tentar se livrar de possíveis descobertas durante as investigações e justificar a desavença com sua família. “Essa narrativa foi construída por ela, inclusive através de boletim de ocorrência, para se livrar do que pudesse ser descoberto”, pontuou a delegada.
Polícia acredita que Deize trouxe à tona desavença do passado de propósito
Zeli devolveu os R$ 600 que havia retirado da conta de Deise no dia seguinte ao empréstimo, ocorrido há 20 anos. Segundo a delegada responsável pela investigação, apesar desse episódio, a suspeita continuou convivendo com a família ao longo dos anos. No entanto, quando a desavença familiar começou a ser revelada, Deise teria resgatado o episódio do saque como justificativa para o desentendimento.