Envenenamento de bolo no RS teria outro destino se isso não tivesse acontecido; tragédia poderia ser maior

Coletiva de imprensa da Polícia revela que envenenamento poderia ter atingido outras pessoas.

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou novos e impactantes detalhes sobre o caso do bolo envenenado em Torres (RS). O ataque resultou na morte de quatro pessoas e deixou outras duas internadas devido à intoxicação.

Segundo as investigações, o principal alvo de Deise Moura dos Anjos, presa por triplo homicídio e tentativa de homicídio, era sua própria sogra, Zeli dos Anjos.

Polícia fala sobre envenenamento de bolo em Torres

Segundo coletiva de imprensa, o motivo do envenenamento seria uma antiga mágoa envolvendo uma dívida de apenas R$ 600, que já havia sido quitada poucos dias após ser contraída. Apesar disso, o valor foi suficiente para alimentar ressentimentos que culminaram em crimes bárbaros.

Deise foi presa preventivamente no dia 5 de janeiro, após as investigações confirmarem que ela adquiriu arsênio pela internet. O material foi entregue em sua casa pelos Correios. O delegado Marcos Veloso, responsável pelo caso, afirmou que há provas robustas contra a suspeita, incluindo registros no celular de Deise.

Entre as evidências estão buscas na internet relacionadas ao veneno e manipulações para encobrir os rastros do crime. Após a morte do sogro, por exemplo, Deise tentou convencer a família de que a causa da intoxicação havia sido uma banana levada pelo marido, buscando evitar que o corpo fosse submetido a uma perícia.

Bolo envenenado seria utilizado em outro encontro

Batizada de “Operação Acqua Toffana”, a investigação revelou que o bolo contaminado foi originalmente preparado para um encontro de amigas de Zeli. Após o cancelamento do evento, a farinha envenenada acabou sendo usada em um bolo para a família, resultando nas mortes.

A polícia acredita que Zeli era o alvo principal, já que estava presente em todos os episódios em que alimentos contaminados foram oferecidos à família.