O Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul está conduzindo uma análise de amostras de alimentos, enviadas ao hospital onde Zeli dos Anjos foi internada após consumir um bolo envenenado no último Natal. As comidas, enviadas pela nora da vítima, Deise Moura dos Anjos, é agora um foco crucial na investigação, já que ela é a principal suspeita de envolvimento no envenenamento que resultou na morte de quatro pessoas de sua família.
A investigação sobre o caso de envenenamento começou com a coleta de material enquanto as vítimas ainda estavam hospitalizadas. Amostras de urina e resíduos estomacais foram cuidadosamente coletadas e, junto com o bolo consumido pelas vítimas, foram analisadas para confirmar a presença de substâncias tóxicas.
Concentração de arsênio encontrada no organismo das vítimas era muito alta
A perícia revelou que a quantidade de veneno encontrada nas vítimas estava muito além dos limites normalmente estabelecidos para identificar casos de intoxicação. De acordo com a perita criminal Clarissa Betton, as concentrações de veneno variaram entre 20 a 60 vezes mais altas do que os níveis considerados seguros.
A investigação sobre o caso de envenenamento envolvendo Deise dos Anjos agora se concentra na análise de amostras de comidas que ela levou à sua sogra enquanto a vítima ainda estava internada no hospital. A suspeita é de que esses alimentos também tenham sido contaminados com arsênio.
Antes de ser presa, Deise levou alimentos para sua sogra no hospital
A suspeita havia levado um suco para sua sogra, Zeli, que estava internada na UTI, mas a desconfiança dos familiares levou ao descarte do produto antes que fosse consumido. Posteriormente, as embalagens sujas foram recuperadas e entregues à polícia, que agora analisa as amostras em busca de possíveis evidências de envenenamento. Zeli recebeu alta hospitalar na última sexta-feira (10), e a investigação segue em andamento.