Luto: morre, aos 82 anos, o polêmico fotógrafo Oliviero Toscani, que sofreu censura em algumas obras

Renomado por suas campanhas ousadas para a Benetton, Toscani deixa um legado de desafios aos padrões sociais.

PUBLICIDADE

Oliviero Toscani, célebre fotógrafo italiano conhecido por suas campanhas impactantes para a Benetton, faleceu aos 82 anos devido a complicações de uma doença rara, a amiloidose. Sua trajetória na fotografia se destacou pela abordagem provocativa, onde suas imagens frequentemente incitavam debates sociais e culturais. Toscani iniciou sua colaboração com a Benetton em 1983, criando campanhas publicitárias que desafiavam tabus e enfrentavam censura.

Suas fotografias não apenas promoviam produtos, mas também abordavam temas como racismo, guerra e sexualidade. Essa estratégia fez com que a publicidade transcendesse o simples ato de venda, transformando-a em um espaço de reflexão e questionamento.

Controvérsia e censura em suas obras

As campanhas de Toscani para a Benetton foram marcadas por sua ousadia, resultando em diversas reações polarizadas. Muitas de suas imagens foram censuradas, mas também foram responsáveis por colocar a marca em uma posição de destaque no cenário global.

Legado provocador e causa da doença enfrentada pelo fotógrafo

O trabalho de Toscani revolucionou o uso da imagem na comunicação visual, inspirando uma geração de fotógrafos e publicitários a pensar além do convencional. Seu legado é um testemunho do poder da fotografia como ferramenta de mudança social, conforme mostrou sua longa carreira.

A doença do fotógrafo, a amiloidose refere-se a um conjunto de condições raras, resultantes do acúmulo de proteínas insolúveis no organismo. Diferentemente das proteínas normais, que podem ser decompostas e eliminadas, essas proteínas insolúveis se acumulam em órgãos e tecidos, ocasionando danos estruturais e funcionais.