A vida de Jefferson Luiz Moraes, de 60 anos, mudou drasticamente após a tragédia que atingiu sua família. Ele era esposo de Maida Berenice Flores da Silva, uma das três vítimas fatais do envenenamento por arsênio ocorrido na cidade de Torres, no litoral do Rio Grande do Sul. Após dias de silêncio, Jefferson decidiu falar pela primeira vez sobre o caso.
Em entrevista concedida ao canal de televisão RBS TV, afiliado da Rede Globo na região Sul, Jefferson compartilhou detalhes de sua rotina desde o ocorrido. Ele tenta reconstruir sua vida enquanto lida com a dor do luto pela perda de sua companheira. Apesar da tragédia, o viúvo continua morando no mesmo apartamento onde o envenenamento aconteceu.
Maida havia decorado a casa para as celebrações de Natal, com o objetivo de receber a família em um café da tarde no dia 23 de dezembro de 2024. Reuniões como essa, sempre acompanhadas de bolos, eram uma tradição familiar. Enlutado, Jefferson escolheu manter intactas as decorações preparadas por Maida, preservando o ambiente como ela havia deixado.
Viúvo tem usado o trabalho para distrair a mente
Para lidar com o sofrimento, Jefferson se refugia no trabalho. Ele conta com dois empregos e afirma que esses são os raros momentos em que consegue se desconectar da realidade e, por um breve tempo, esquecer a tragédia.
Quem foram as vítimas do envenenamento em Torres?
Além de Maida, também faleceram sua irmã, Neuza Denise Silva dos Anjos, e sua sobrinha, Tatiana Denise dos Anjos, filha de Neuza. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) aponta Deise Moura dos Anjos como a principal suspeita pelo crime, acreditando que ela tenha envenenado a farinha usada na confecção do bolo.