Exames realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram a presença de arsênio na urina do filho e do marido de Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar familiares durante uma reunião em Torres, no Rio Grande do Sul. A informação é da reportagem do Zero Hora.
Deise, que está presa, teria usado a substância tóxica em um bolo consumido por várias pessoas, resultando na morte de três parentes e em outras cinco tentativas de assassinato. Os resultados dos laudos reforçam as suspeitas contra a mulher, que agora enfrenta acusações que podem classificá-la como uma serial killer.
Polícia Civil investiga Deise
A investigação ganhou novos desdobramentos após a exumação do corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, morto em setembro de 2024. A análise do cadáver revelou a presença do mesmo veneno identificado nas vítimas do bolo, levantando a hipótese de que ela possa estar envolvida em um envenenamento sistemático.
A Polícia Civil já investiga se ela envenenou outras pessoas na família, com base em mensagens e áudios encontrados no celular da suspeita. Entre as provas coletadas, mensagens de texto enviadas por Deise chamaram a atenção dos investigadores. Em uma delas, a mulher afirmou que, se morresse, gostaria que rezassem por ela, insinuando uma consciência de seus atos.
Três morreram com bolo envenenado
Além disso, áudios revelam ameaças diretas à sogra. As mensagens têm sido peças-chave para compreender a dinâmica dos crimes. A suspeita ganhou força após as mortes de Maida Berenice Flores da Silva, Tatiana Denize Silva dos Santos e Neuza Denize da Silva dos Anjos, que ingeriram o bolo contaminado no dia 23 de dezembro. Os familiares começaram a passar mal durante o encontro, levantando suspeitas de envenenamento. A análise apontou que a farinha utilizada no preparo estava contaminada com arsênio.