Em depoimento à Polícia Civil, Zeli dos Anjos revelou ter descoberto recentemente que sua nora, Deise Moura dos Anjos, a chamava de “Naja”. A informação veio à tona durante a investigação do envenenamento do bolo de reis, crime no qual Deise é a principal suspeita.
Segundo Zeli, a ofensa foi relatada por sua cunhada Regina, que informou que a nora usava o apelido depreciativo pelas costas. Zeli contou que nunca foi chamada de “Naja” diretamente por Deise, mas a descoberta evidenciou o clima de desavença entre as duas. “Soube somente agora”, disse Zeli em depoimento sobre o apelido dado pela nora.
Deise tinha ciúmes da sogra
No depoimento, a sogra afirmou que a nora demonstrava ciúmes e constantemente copiava seu jeito de se vestir e seus acessórios. Apesar dessas atitudes, Zeli nunca desconfiou que o ressentimento pudesse chegar ao ponto de motivar um crime.
A investigação policial aponta que Deise teria envenenado a farinha usada por Zeli no preparo do bolo de reis, com o objetivo de atingi-la diretamente. No entanto, Zeli sobreviveu ao envenenamento, enquanto outras três pessoas que consumiram o bolo morreram. O crime causou grande comoção em Torres (RS) e revelou um histórico de conflitos familiares que se desdobraram de forma trágica.
Zeli fez bolo para recordar marido que havia morrido em setembro
Além de descobrir o apelido ofensivo, Zeli relatou que decidiu fazer o bolo como forma de recordar o marido, que, segundo a polícia, também foi vítima de envenenamento por arsênio. A tragédia aprofundou o sofrimento da família, que já enfrentava perdas recentes e agora lida com a acusação contra Deise. A suspeita segue presa enquanto a Polícia Civil finaliza o inquérito.