No dia 7 de janeiro, o adolescente Samuel Soares Marques, de 14 anos, foi vítima de um assassinato brutal, executado com 32 golpes de facão. O crime chocou a comunidade e deixou sua família devastada. Samuel foi levado de sua casa, no Recanto das Emas, por membros da facção criminosa Comboio do Cão, que o acusaram de desviar dinheiro da distribuidora de bebidas que controlavam.
A Polícia Civil, em menos de um mês, identificou os responsáveis pela execução e prendeu cinco envolvidos, mas o mandante, William Silva Miranda, ainda segue foragido.
Uma mãe que lutava contra o crime
Em entrevista exclusiva ao Correio Braziliense, a mãe de Samuel, que pediu para não ter o nome revelado, relatou sua luta para afastar o filho das influências criminosas. Ela contou que o jovem, embora envolvido com o tráfico, ainda frequentava a escola e era querido pelos colegas. “Eu passei o dia trabalhando para sustentá-lo, mas não pude protegê-lo de tudo”, disse emocionada.
Samuel havia se afastado de casa para sair com os criminosos, mas antes de partir, ele parecia já saber o que aconteceria.
Investigações e prisão dos envolvidos
Após o crime, a Polícia Civil prendeu quatro suspeitos, incluindo Matheus Cruz Souza e Ruan Felipe Barbosa, no Recanto das Emas, e outros dois envolvidos foram capturados cinco dias após o crime. Apesar das prisões, William Silva Miranda, conhecido como “Chuchu”, líder da facção, segue foragido. As investigações revelaram que Samuel foi morto após uma ordem direta de Miranda, devido ao suposto desvio de dinheiro da facção.