Confessou? Delegado revela se Deise assumiu que envenenou familiares em bilhetes escritos antes de falecer

O delegado responsável pelo caso revelou o conteúdo dos bilhetes deixados e informou se Deise dos Anjos assumiu o crime nas mensagens encontradas.

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Na cela onde Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem vida, a polícia localizou diversos papéis com mensagens escritas à mão. O material, que incluía anotações desconexas, trechos reescritos e preces, sugeria um tom mais próximo de um pedido de perdão do que de uma despedida formal, segundo o delegado Fernando Sodré. Entre os escritos, havia referências a várias pessoas, mas sem um destinatário claro.

Deise estava presa sob a acusação de envenenar três pessoas da família do marido com arsênio. Transferida para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba no início de fevereiro, antes cumpria pena no Presídio Estadual Feminino de Torres.

Delegado revela se Deise dos Anjos confessou o crime em bilhetes encontrados em sua cela

De acordo com o delegado que estava investigando o caso do bolo envenenado, ela não negava completamente o crime, mas também não assumia total responsabilidade pelos acontecimentos. Relatava estar em sofrimento e mencionava estar enfrentando um quadro depressivo. “Diz que o que fez, fez em parte, mas não totalmente”, revelou Fernando. 

Além dos papéis, a polícia encontrou uma camiseta com uma mensagem escrita por Deise, na qual ela afirmava não ser uma assassina. No programa Conversas Cruzadas desta última quinta-feira (13), o chefe da Polícia Civil disse que as anotações pareciam refletir um estado de angústia e arrependimento, sugerindo que ela buscava justificar suas ações. “Ela escreve algo como “preciso da sua ajuda, compreensão”, disse Sodré. 

Deise dos Anjos mencionou divórcio em bilhetes escritos antes de falecer

A separação do marido foi um dos aspectos mencionados por Deise em seus escritos. A decisão dele de formalizar o divórcio pode ter sido um fator determinante para sua morte, conforme apontado pelas autoridades.

Para a psiquiatra forense Vivian Day, a perda do apoio familiar pode representar um gatilho importante para indivíduos com traços de psicopatia. A especialista, que atua no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, considera que Deise poderia apresentar esse perfil, o que poderia ter contribuído para o desfecho trágico.