Defesa de Deise diz que fez aviso às autoridades antes de tragédia e condições da prisão vem à tona

Defesa de Deise dos Anjos afirmou que avisou autoridades sobre situação psicológica da suspeita.

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A gestora financeira Deise Moura dos Anjos, 42 anos, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13/02) em sua cela na penitenciária no Rio Grande do Sul.

Ela cumpria prisão temporária por suspeita de homicídio duplamente qualificado de quatro pessoas da família do marido, Diego dos Anjos. Após sua morte, as autoridades explicaram alguns detalhes sobre o trágico acontecimento.

Suspeita de envenenar bolo foi encontrada morta na prisão

Deise dos Santos era acusada de comprar arsênio legalmente pela internet e adicioná-lo à farinha de trigo usada no preparo de um bolo caseiro, que teria sido consumido pelas vítimas. 

De acordo com a Polícia Penal, a detenta foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal. A principal hipótese da Polícia Civil é que ela tenha tirado a própria vida. Segundo o delegado Fernando Sodré, Deise foi encontrada pendurada no fundo da cela com uma camiseta transformada em uma corda improvisada, conhecida como “jiboia”.

A morte ocorreu um dia após a suspeita ser informada pelo advogado do marido de que ele desejava o divórcio, o que pode ter contribuído em sua decisão.

Defesa de Deise dos Anjos sobre situação vivida na prisão

A defesa de Deise dos Anjos, representada pelo advogado Cassyus Pontes, afirmou que a suspeita fazia uso de medicamentos controlados e já havia manifestado pensamentos suicidas. Segundo foi informado, as autoridades foram alertadas sobre seu comportamento.

Ele também destacou que a detenta estava em condições precárias na unidade prisional, sem acesso a água potável e itens básicos de higiene. Desde a audiência de custódia, no dia 6 de janeiro, a defesa havia solicitado um exame psiquiátrico para a presa.

Inicialmente, Deise estava detida no Presídio Feminino de Torres, mas foi transferida para a penitenciária de Guaíba por questões de segurança, já que corria risco de sofrer represálias de outras presas.