Zeli dos Anjos, de 61 anos, ainda sofre as consequências do envenenamento por arsênio que vitimou três pessoas de sua família durante um encontro em Torres, no Rio Grande do Sul, em dezembro do ano passado.
Em entrevista, ela relatou dificuldades motoras, afirmando que não consegue ficar em pé ou caminhar sozinha. Segundo os médicos, os sintomas são resultado da ingestão do metal pesado, que afetou seu sistema nervoso.
Zeli falou sobre sequelas
A tragédia ocorreu no dia 23 de dezembro, durante a tradicional reunião para o consumo do bolo de Reis da família. O doce, feito com farinha contaminada, foi servido aos familiares, causando a morte de Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos. Zeli sobreviveu, mas com sequelas graves.
Ela contou que já havia sido envenenada antes, em setembro, quando ingeriu leite em pó contaminado, que resultou na morte de seu marido, Paulo dos Anjos. Apesar do susto na época, afirmou que conseguiu se recuperar rapidamente, diferentemente do que ocorreu em dezembro. “Do joelho pra baixo, está muito dormente, eu não tenho sensibilidade nenhuma. Não posso ficar em pé sozinha e nem caminhar sozinha”, disse Zeli em entrevista para a RBS.
Zeli demorou para tomar antídoto
Zeli iniciou o tratamento com antídoto apenas em janeiro, devido à demora na disponibilização do medicamento no Rio Grande do Sul. Como não havia antídoto disponível, ele precisou ser produzido, o que atrasou tudo. O tratamento inicial durou 10 dias, mas novos exames indicaram a necessidade de continuar com a medicação.