Em um encontro marcado por fortes desentendimentos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se enfrentaram verbalmente na Casa Branca nesta sexta-feira, 28 de fevereiro. O encontro, que tinha como objetivo a assinatura de um acordo sobre a exploração de terras raras na Ucrânia, não resultou na concretização do acordo, mas foi palco de uma troca de acusações duras entre os dois líderes.
Trump acusou Zelensky de estar “apostando na Terceira Guerra Mundial“, destacando que o envolvimento dos Estados Unidos nas negociações ucranianas colocaria em risco a paz mundial. A tensão aumentou quando o vice-presidente dos EUA, JD Vance, sugeriu que a paz poderia ser alcançada por meio da diplomacia, em oposição à conduta do ex-presidente Joe Biden, o qual, segundo ele, priorizaria ações mais agressivas.
Reação dos líderes de ambos os países
Zelensky reagiu às declarações de Vance, questionando a validade da diplomacia mencionada, especialmente em relação à agressão russa, que começou com a anexação da Crimeia em 2014. A discussão se intensificou quando Trump se dirigiu ao líder ucraniano, dizendo que ele não estava em uma posição favorável para ditar os rumos das negociações e que sua abordagem estava colocando em risco a segurança global.
➡️ Veja os principais trechos do bate-boca entre Trump e Zelensky
Bate-boca em tom ríspido levou ao cancelamento de entrevista coletiva, prevista para depois do encontro. Zelensky foi embora da Casa Branca
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— Metrópoles (@Metropoles) February 28, 2025
Troca de acusações e o futuro das negociações
Durante a troca acirrada de palavras, Trump afirmou que Zelensky desrespeitou os Estados Unidos ao se comportar de forma desagradecida com o apoio recebido até o momento. Trump, que desde o início de seu segundo mandato tem adotado uma postura mais isolacionista e retirado apoio militar à Ucrânia, foi firme em suas críticas, dizendo que o presidente ucraniano não estava preparado para buscar a paz de forma eficaz.
Segundo Trump, Zelensky acredita que o apoio dos EUA proporciona uma vantagem nas negociações, o que, para o ex-presidente, enfraquece as chances de um acordo de paz. Zelensky, por sua vez, defendeu sua postura, mencionando diversas vezes a ajuda fornecida pelos Estados Unidos para a defesa de seu país.